segunda-feira, 24 de maio de 2010

Relógios seculares em exposição no IRB

A passagem do tempo e a marcação das horas através do relógio dão o tom da 45ª edição do projeto Peça a peça que acontece no sábado, 29, às 15h, no Instituto Ricardo Brennand. Um valioso exemplar francês, do século XIX, em formato de vaso de porcelana, exposto na Pinacoteca foi a peça eleita para receber inúmeras abordagens artísticas.

O arte educador do IRB Carlito Person e o relojoeiro do Instituto Laudeci Luizines farão, a partir das 15h, visita mediada pela exposição de relógios que será montada no foyer. Vitrines irão abrigar cerca de 15 peças do acervo do complexo cultural, que ainda não estão expostas ao público. “Vamos escolher os relógios mais diferentes e inusitados privilegiando os modelos de coluna e mesa”, revela Welmanci Clóvis um dos responsáveis pela curadoria da exposição que será feita em parceria com Carlito Person.

Nesta ação serão discutidas os períodos e estilos dos relógios apresentados bem como as questões técnicas ligadas aos modelos e funcionamento dos relógios. Esta exposição ficará no foyer do IRB até o domingo dia 30.

Paralelamente a visita mediada, o arte educador Carlos Lima ministra na área externa do complexo cultural a oficina “Vestígios do Tempo: exercícios de demarcação de sombras”. Os participantes irão contornar sombras de árvores, esculturas e construções presentes nos jardins do IRB utilizando fita adesiva, papel, cordão, folhas e sementes.

Posteriormente o grupo visitará a exposição de relógios montada no foyer e após algum tempo retornarão aos jardins para observarem suas demarcações e as novas posições das sombras. A ação discutirá a passagem do tempo e as diferentes formas de marcação desenvolvidas pelos homens, do relógio de sol até os usados hoje.

História- Os primeiros relógios mecânicos, muito rudimentares, surgiram por volta de 1200 no norte da Europa, na região da atual Alemanha. A divisão do dia em horas só aconteceu quando o astrofísico Galileu Galilei definiu as regras do movimento pendular e sua impressionante regularidade. Isso foi por volta de 1600 e somente uns 100 anos depois é que surgiriam os ponteiros indicadores de minutos. Por essa ocasião, os relógios já eram olhados como jóias e caracterizavam-se pela beleza e riqueza. Como jóias, tinham a característica do artesão e freqüentavam a corte embelezando senhoras e senhores da nobreza, assim como o ambiente dos castelos. Nessa luta para tornar-se senhor do tempo, o homem acabou também por criar uma máquina que o escravizaria. Somos, quase todos, hoje, escravos do relógio.

Serviço
45ª Edição do Projeto Peça a peça
Instituto Ricardo Brennand
Engenho São João, s/n, Várzea, Recife – PE
29 de maio
Às 15h
Quanto: R$ 5,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Adultos maiores de 65 anos também pagam meia entrada. Crianças menores de 07 anos não pagam

Nenhum comentário:

Postar um comentário