sexta-feira, 28 de maio de 2010

31 DE MAIO: DIA NACIONAL SEM TABACO

Para quem ainda pensa em dar a primeira tragada, é preciso ter em mente que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão e 85% das mortes por enfisema podem ser atribuídos ao hábito de fumar. Além disso, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de três milhões de óbitos em todo o mundo têm ligação direta com o tabagismo – no Brasil, são 200 mil as mortes anuais provocadas pelo cigarro. “Quase todas as doenças do corpo estão associadas ao cigarro”, alerta a pneumologista Clene Magalhães, do Hospital Esperança.

O tabagismo iniciou-se no mundo como um comportamento predominantemente masculino, tendo um crescimento vertiginoso durante e após a I Grande Guerra. Entre as mulheres, o hábito começou a se tornar mais comum a partir dos anos 1930, quando a publicidade começou a se voltar para esse público – fazendo uso de modelos atléticos e que associavam beleza e liberdade de expressão ao cigarro.

Já vão longe, porém, os dias de glamour do cigarro. Hoje em dia sabe-se que não existe uma forma segura de se consumir o tabaco – substância que aumenta o risco de mortes prematuras e limitações físicas por doença coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer. Além disso, entre famílias pobres – segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) –, o gasto com tabaco chega a ser superior ao realizado com alguns alimentos (como pão, leite, ovos, legumes e frutas). E, de acordo com relatório recente do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes (Unodc), o tabaco é uma das drogas que mais matam em todo o mundo. “A prevenção seria coisa básica para não se gastar tanto dinheiro com tratamento. Se eu começo a agir na ponta, no futuro eu vou gastar menos dinheiro com saúde porque eu preveni mais”, avalia a profissional.

Tóxico – Em uma simples tragada, a pessoa joga para dentro do organismo mais de quatro mil substâncias tóxicas. Algumas delas, presentes na composição de veneno para ratos e baratas e de detergentes e conservantes para cadáveres. Itens como agrotóxicos, arsênio e chumbo também fazem parte da receita.

E mesmo a pessoa que nunca colocou um cigarro na boca sofre os efeitos nocivos do produto. São os fumantes passivos, que têm entre 24% e 30% a mais de chance de sofrer infarto do miocárdio e desenvolver câncer, respectivamente, em relação a alguém que não convive com fumantes.

Entre as mulheres, o hábito de fumar pode causar infertilidade, parto prematuro, morte súbita do bebê e menopausa precoce, apenas para citar alguns males. As que convivem – ou são casadas – com fumantes têm um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão quando comparadas às que não têm esse convívio. Já os filhos de mulheres que fumaram dez ou mais cigarros durante a gestação, costumam apresentar atraso no aprendizado em relação aos filhos das não-fumantes.

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