Doença que atinge o sistema nervoso central e compromete – principalmente – os movimentos, o Parkinson atinge aproximadamente 1% da população global com mais de 65 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número pode parecer pequeno, mas somente no Brasil estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema, por isso é preciso ficar atento aos sintomas.
Diminuição de movimentos automáticos (como piscar), equilíbrio e caminhar comprometidos, tremores que acontecem nos membros em repouso ou ao levantá-los podem ser indícios da Doença de Parkinson. Como é comum às doenças neurológicas, os sintomas podem variar de um paciente para outro, mas, em geral, eles começam de maneira lenta.
De acordo com o neurologista Igor Bruscky, do Hospital Esperança Recife, os sintomas geralmente são notados pelos familiares. “A maioria dos pacientes não percebe o início a doença. Os familiares mais próximos é que costumam notar a dificuldade em executar tarefas simples, como segurar um objeto ou manter a coordenação motora”, explica. Dependendo do grau de evolução da doença, o paciente pode apresentar rigidez muscular, distúrbios na fala, dificuldade de deglutição, tontura, depressão, distúrbios do sono e até urinários.
A Doença de Parkinson acomete mais homens que mulheres. Quanto maior a idade, mais aumenta a incidência da doença, que surge entre os 55 anos e aumenta na faixa etária dos 70 anos. Como a doença não tem cura, a eficácia do tratamento – que consiste em controlar os sintomas – é maior quando a doença é diagnosticada no início, já que ela é considerada crônica e progressiva.
O tratamento é medicamentoso, psicoterápico e em alguns casos pode ser cirúrgico. No caso dos medicamentos são usadas drogas neuroprotetoras que evitam a diminuição da dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão dos sinais de circuitos nervosos. O psicoterápico combate os sinais da depressão decorrente da doença. A cirurgia tem o objetivo de diminuir os tremores e pode ser uma opção para pacientes com Parkinson severo que já não respondem aos medicamentos. “O principal é proporcionar qualidade de vida ao paciente. Cada caso é avaliado cuidadosamente, para que se aplique o melhor tratamento”, enfatiza o neurologista.
É importante que o paciente procure um médico assim que se perceba algum sintoma inicial, como o ligeiro tremor nas mãos e a alteração da caligrafia. Manter atividades intelectuais e que exijam raciocínio pode contribuir para evitar a progressão da doença, além dos exercícios físicos – que devem ser feitos regularmente para preservar a qualidade dos movimentos.
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