Trabalho, filhos, afazeres domésticos, contas para pagar, trânsito e mais uma dezena de outras atividades. Isto sem contar o desgaste emocional que vivemos todos os dias. Chega o fim de noite e, finalmente, temos algumas horas para dormir e descansar. Algumas pessoas colocam a cabeça no travesseiro e dormem, outras não conseguem relaxar devido à insônia. Segundo dados do Instituto do Sono, entre 20% e 50% dos brasileiros sofrem deste distúrbio do sono.
Para alertar e conscientizar a população sobre esses distúrbios, a World Association of Sleep Medicine (WASM), criou o Dia Mundial do Sono, celebrado em 21 de março. De acordo com a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, o sono tem um importante papel para nosso bem-estar e saúde. “Durante este período, o organismo realiza funções com conseqüências diretas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, liberação de hormônios (do crescimento, insulina e outros), consolidação da memória, isso sem falar no relaxamento e descanso da musculatura”, explica.
A insônia é o distúrbio do sono mais comum. Ela se caracteriza tanto pela dificuldade de iniciar o sono como de mantê-lo, ou mesmo, a percepção de que o sono não foi reparador. O problema pode ser temporário ou crônico.
Segundo Soraya Hissa, o diagnóstico do distúrbio exige que, além do dormir mal ou não dormir, existam também as perturbações do bem-estar no dia seguinte. Estas perturbações são: fadiga, cansaço fácil, ardência nos olhos, irritabilidade, ansiedade, fobias, incapacidade de concentração, dificuldades de atenção e memória, mal-estar e sonolência.
As causas da insônia são variadas e incluem doenças psiquiátricas como depressão, ansiedade, estresse, preocupações, barulho, entre outras. “Em termos de gravidade, podemos dizer que a insônia não mata, mas maltrata. Isso quer dizer que ela afeta mais o aspecto psíquico e social da vida do que ameaça o seu componente biológico”, afirma.
Combate à insônia
O ponto-chave para amenizar, ou até mesmo curar o distúrbio, segundo a médica, geralmente está em mudanças na rotina durante o dia, até o momento de dormir, como:
· Respeitar os horários, mantendo a hora de dormir e acordar constantes, sempre que possível;
· Limitar o tempo de permanência na cama. Muito tempo deitado pode levar a um sono pouco repousante e superficial. Tentar acordar no mesmo horário todas as manhãs, independentemente do horário que foi dormir;
· Evitar tentar dormir. Quanto mais tentar, mais acordado ficará. É recomendável ler ou assistir televisão até ficar com sono e dormir, naturalmente;
· Praticar atividades físicas intensas, pelo menos, entre 20 e 30 minutos por dia, de preferência cinco ou seis horas antes de ir para a cama;
· Evitar, ou consumir com moderação, café, chã preta, álcool e nicotina. A cafeína e a nicotina podem impedir o sono. Com o álcool, ocorre um sono pouco repousante e do qual se acorda facilmente e com freqüência;
· Buscar maneiras de relaxar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário